quinta-feira, 28 de abril de 2011

Altivez e a vassalagem no Açu

Já disse aqui e repito que jornalista não é raça de gente. Depois por ter meu sacrossanto nome de ascendência grega confundido nesta redação com um tal de Sledgehammer — daí este longo e tenebroso litígio com a direção desta casa.
Como meu bardo ancestral, inveterado apreciador das musas e do poeta do amor, então decidi retornar, sem maiores bla-bla-blás (leia-se ressentimentos). Então, eis-me de volta para cumprir o restante deste nosso contrato com esta prestigiosa e intimorata emissora.
Saio da toca para dizer que ninguém é contra o porto do Açu e seu gigantismo assustador, um empreendimento que irá mudar a cara desta cidade e a vida desta região. Mas que não mude apenas a vida dos  peixes graúdos, porque os peixinhos também são filhos de Deus.
Então, que não pisem nos calos dos fracos e oprimidos, como a Rosinha disse: mexeu com eles, mexeu comigo.
Foi ali que a prefeita bateu na mesa e disse (caixa-alta, por favor, senhores editores): NÃO ACEITAMOS UM CORREDOR QUE DIVIDE NOSSA CIDADE AO MEIO. Mulher danada, essa nossa Rosa, que tem nome de flor, mas que não manda flores a quem ousa afrontar nosso povo.
Da mesma forma, foi incisiva sua firmeza na questão das desapropriações no traçado do corredor, que não podem ser feitas pela
metade. É sacanagem desapropriar um pedaço de terra por onde passa o corredor logístico e deixar um pedaço de terra isolado, cortado ao meio pela via. O que o pobre do produtor vai fazer com aquele tiquinho de terra cortado ao meio? Então, tem que desapropriar tudo, sim.
Aliás, ao contrário do que fez (ou deixou de fazer) a Carla Machado, que com seu espírito de vassalagem, em momento algum deixou o conforto de suas torres de marfim para sair em defesa dos pobres e indefesos produtores do 5º Distrito, atirando-os na cova dos leões. Tipico comportamento omisso dos governantes de araque.
Parece nada, não, mas desde o ano da graça de 2007, quando se iniciaram as obras do porto, a incrível e paradoxal maldição tem se abatido sobre a prefeita detentora da Comenda Joaquim Silvério dos Reis, honraria suprema enaltecedora da falsidade e da apologia ao traidor.

por Anacreonte Coelho Velho

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