Relação mais do que quentinha

 

Fonte: Do Blog do Garotinho

Aparece a ponta do iceberg da relação Cachoeira - Cabral

Surgem também indícios de ligações com o Rei Arthur

A revista Época traz esta semana, uma matéria onde não é dado nenhum destaque a uma informação da maior importância sobre uma empresa de fornecimento de quentinhas e lanches ligada ao esquema Cachoeira. Trata-se da informação que é citada de passagem no meio da reportagem de que essa empresa do esquema Cachoeira já recebeu R$ 30 milhões do governo Cabral.
Trata-se da empresa CIAL, que ganhou contratos nos governos do Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal, e inclusive para o fornecimento de refeições para os funcionários do Palácio do Planalto. Numa das gravações que constam no inquérito da Operação Monte Carlo, o contraventor Carlinhos Cachoeira manobra para que a CIAL ganhe mais uma concorrência em Goiás e diz para um interlocutor identificado apenas como Michel: "É de amigos. É CIAL. A nossa é a CIAL"

 

Pois é essa mesma empresa CIAL, que é acusada pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, de formação de cartel, conforme reprodução abaixo, que vem crescendo seus negócios no Rio de Janeiro, já tendo faturado pelo menos R$ 30 milhões no governo Cabral para fornecer alimentação para os presídios.
Mas observem que o trecho do documento reproduzido pela Época revela um outro elo muito interessante que vocês entenderão em seguida.

 

Destacado a amarelo está o nome da empresa Cor e Sabor Distribuidora de Alimentos, que seria segundo a Secretaria de Direito Econômico uma das integrantes do cartel integrado pela CIAL, do esquema Cachoeira.
Para quem não lembra, a Cor e Sabor já foi denunciada aqui neste blog, no final do ano passado, como uma das empresas do esquema do Rei Arthur, do grupo Facility (vide abaixo). A Cor e Sabor é do empresário Luiz Roberto de Menezes Soares que vem a ser o irmão de Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como o Rei Arthur com contratos de prestação de serviços com o governo Cabral que ultrapassam R$ 1,5 bilhão.
Para os leitores mais recentes do blog, o Rei Arthur hoje vive em Miami, com medo da Justiça. Fez o mesmo que Ricardo Teixeira. E quando o Grupo Facility ficou marcado negativamente pelas negociatas com Cabral fez a mesma coisa que querem fazer com a Delta e mudou de nome. O grupo Facility agora se chama KB Participações, mas foi só nome que mudou, o dono é o mesmo, o Rei Arthur que já emprestou várias vezes o seu jatinho a Cabral e que volta e meia o hospeda na sua mansão cinematográfica em Miami.
Os elos começam a se entrelaçar.
Cabral faz negócios com seu amigo Cavendish e com Carlinhos Cachoeira, que se associa na prática de cartel com uma empresa do esquema do Rei Arthur. A teia está sendo revelada aos poucos e Cabral está no meio dela, e não vai conseguir escapar mesmo com todas as blindagens.