quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Comenda ou troféu oleo de peroba" para Concebida

Óleo de peroba é um líquido utilizado para a lustração de móveis. Mas a expressão óleo de peroba passou a ser também, por associação, usada vulgarmente para insinuar que alguém é cara-de-pau.
 
O uso do termo com esse significado pode ser visto em A face do abismo, um livro de ficção da autoria de Charles Kiefer, em que o escritor descreve o seguinte diálogo entre Gumercindo e sua doce secretária:
 
Gumercindo - Me traz um vidro de óleo de peroba.

Secretária - Um vidro de óleo de peroba? Pra que é que o senhor quer um vidro de óleo de peroba?
 
Gumercindo - Quero um vidro de óleo de peroba pra lustrar a cara-de-pau desse cafajeste!
 
Eu pensava que cara-de-pau tinha um limite. Mas, não tem... Se não ele não seria cara- de-pau...
 
Não estou chamando o Luis Mário Concebida de cafajeste (uso apenas a expressão contida na obra do autor), mas o LMC jamais poderia conceber uma entrevista daquelas na Folha de outro dia, um panegírico sobre o velho Fundecam, o Fundecam da época do Arnado ex-Pançudo e do Xandinho, o Macabro. 
 
No arremedo de reportagem (desatrosa, por tudo), ninguém teve a intenção de prestar socorro ao pobre repórter em evitar o caos da incrível peça jornalística (?) que seria resolvido com uma singela pergunta: onde foi parar os R$ 200 milhões que sairam pelo ralo na gestão desse rapaz.
 
Sabe o que é isso, moço? Duzentos milhões de reais (isso mesmo, por extenso, para não pairar dúvidas) e o cara ainda vem me cagar regras numa entrevista de jornal...
 
LMC poderia dar entrevista sobre culinária (ele tem cara de bom cozinheiro); sobre Fundecana (ele conhece do assunto cana); ou sobre futebol (ele foi bom comentarista esportivo), mas nunca sobre o Fundecam, que foi nos dois últimos governos o maior antro de drenagem de verbas públicas que num país sério já teria levado alguém pra cadeia. LMC, você é inteligente, não venha se orgulhar disso.
 
Mas, como dizia o mestre, papel aceita tudo, inclusive cagadas. Literalmente. E foi isso que o cara de mestre-cuca fez: dar uma entrevista para falar de algo do qual assume a paternidade de um filho feio, mas que o Eduardo Crespo tem trabalhado como um Pitangui para colocar nele uma plástica nova. É o Novo Fundecam, porque o velho, não foi apenas velho e mal diagramado, mas velhaco, como os oportunistas que se valeram dele.
 
Com o Novo Fundecam, a distinta platéia logo ficou sabendo, por exemplo, que emprestar dinheiro a granel pra gente inidônea de fora de Campos dá bons frutos para alguns, não para os campistas em geral, que agora tem recursos para a prática do empreendedorismo autônomo, como defendo aqui nesse religioso espaço. Nada contra quem acumula capital, mas não me venha com essa prosopopéia de que os milhões do dinheiro fácil (do Fundecam ou qualquer outro fundo) geram milhares de empregos. A assertiva é tão falsa como uma cédula de 4 reais. 
 
Véio, o caras chegam aqui pensando que somos todos uns otários... O pior é que todos eles continuam soltos, inclusive quem emprestou o dinheiro e mais os espertos de mais de uma dezena de empresas na divida ativa.
 
Ô mané, mais do que trazer os canalhas algemados para a execração em praça pública, o que a população deseja é que essa dinheirama seja devolvida aos cofres públicos!
 
Agora, sabe-se que LMC está de malas e cuias prontas para conceber e fundar o Fundecam em SJB, indicado a Carla Machado (a Sóbria) por Arnaldo/Ilsan (que belas comhanhias, hein?). Tomara que LMC não afunde o fundo de que lá que será chamado de Fundersan, porque o daqui, se demora mais algum tempo iria parar mesmo era no fundo do poço.
 
Anacreonte Coelho Velho

lmc

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