O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabrão não é o Papa, mas anda por aí bem blindado. Na CPI do Cachoeira, governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), foram chamados para depor, enquanto o bonitão do Rio conseguiu escapulir.
Perillo e Queiroz foram chamados para explicar supostas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Cabrão disse que “existem mais de 250 mil horas de gravações e meu nome não aparece em nenhum trecho”. Até o momento realmente não apareceu. O que apareceram foram imagens comprometedoras em farras pela Europa com Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, suspeita de ter ligações diretas com Carlinhos Cachoeira em diversos estados do Brasil.
Se isso não é motivo suficiente para ser chamado para dar uma explicação na CPI, não sabemos mais o que é preciso. O ditado “uma imagem vale mais que mil palavras” parece não valer muito para esta CPI, já que os parlamentares preferem chamar apenas governadores que aparecem em escutas telefônicas do que governador que aparece com guardanapo na cabeça dançando na boquinha da garrafa junto de amigo suspeito de corrupção.
Isso só vem a corroborar o que o deputado federal Cândido Vacarezza mostrou em mensagem por SMS para Cabrão “a relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu”, que, trocando em miúdos, significa: fique em paz, não deixaremos que chamem você para falar em CPI.
A blindagem foi forte e eficiente, por enquanto. Mas vamos ver até onde ela aguenta, uma vez que um belo dia o “Papa levou um tiro a queima roupa”, logo ele, homem de Deus, que dirá Cabrão, homem do…
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