sexta-feira, 20 de maio de 2011

Carla Machado precisa tomar um porre... de Montesquieu

Carlinha precisa tomar um porre... de Montesquieu

Lá pelas tantas do século XVIII, um rapaz inteligente chamado Montesquieu teve a luminosa idéia de dividir para somar. Explico logo aos hereges: passava então ali a vigir uma idéia engenhosa, uma genial arquitetura que estabelecia o sistema tripartite, pedra lapidar do que hoje se chama Legislativo, Executivo e Judiciário, os três poderes, harmônicos, autônomos e independentes entre si. E que marcaria para todo sempre um dos alicerces básicos da tão decantada democracia ocidental.

Pois se a sóbria professora Carla Que Não É a Pereze, prefeita do municipio de San Juan de La Barra ou sua procuradora lessem a herança do ilustre representante da terra de Moliére, decerto que não arriscaria a infeliz e tresloucada idéia de entrar com um mandado de segurança para que a Justiça obrigasse a Câmara de San Juan a incluir em pauta matéria de interesse do Executivo. Aqueles R$ 51 milhões...  

Caso sucedesse um aborto da natureza, e o juiz Loyola de Abreu decidisse a favor da prefeita, logo caracterizaria uma clara e agressora interferência do Judiciário na esfera do Poder Legislativo em assunto exclusivo de sua competência. Enfim, invasão de abribuições, entre outros bichos estranhos à harmonia entre os poderes.

Como o ilustre magistrado há de ter lido (e aprendido) o conteúdo expresso na teoria da separação dos poderes, eterno legado do nobre francês, seguramente decidiu nada decidir, em nome da sabedoria jurídica e do bom senso. Aliás, um genial cearense chamado Clóvis Bevilaqua, já no inicio do século passado, dizia que Direito ou Justiça é uma questão de bom senso. E foi o que fez o dr. Loyola. Tudo isso também para impedir que se instalasse uma crise institucional entre o Judiciário e o Legislativo sanjoanenses.

Mas, como dizia o Murphy, de onde não se espera é que não sai nada mesmo. Ou você esperaria que a Carla passasse algum dia os olhos na obra de Montesquieu?

Sem devaneios, mas será que a prefeita, tendo sido vereadora e presidente da Câmara, nunca foi orientada a conhecer os limites, as atribuições do Executivo e a importância do Poder Legislativo? Vá ver que ela acha que como prefeita pode mais do que o Legislativo. Pode não, prefeita... 

Voltando à vaca fria (não me perguntem, por favor por que vaca fria), mas o dr. Loyola salvou a pátria na terra de Narcisa Amália. E tudo continua como dantes. Se a prefeita e seus sequazes quiserem ver a cor desse dinheiro no quase fim de mandato, terão que informar como vão gastar os R$ 51 milhões. Prestar contas, informar pelo menos as contas, porque a sua medíocre e desastrosa gestão, esta a população já está farta de conhecer.

Anacreonte Coelho Velho

 

ostrespoderesbycarlamachado

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