quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sai ressaca, este corpo não te pertence

 

Amigas, amigos e inimigos ou nem tanto, pois então, como diria João Nogueira e Dorival Caymi, trabalho é besteira e o negócio é sambar. Então, conquanto toda ressaca do Campos Folia que ainda me vai na alma, eis-me de volta.
 
Conforme prometido, aqui me tens de regresso para dizer que a verdade, esta menina traquina que salva e liberta, a verdade é uma só: faz algum tempo, desde o ano da graça de 2009, uma revolução na festa pagã de Momo e dos deuses de Saturno mudava as feições na cultura popular desta nossa província metida a besta, a nossa taba dos Goytacazes.
 
Como disse o bom menino Joaozinho Trinta, quando se trata de carnaval, intelectual gosta de miséria e pobre gosta é de luxo.
 
Então, o que fez a Rosinha, nossa prefeita-governadora? Não deu luxo, nem lixo, mas ofereceu dignidade e comodidade ao povo. Mas que a estrutura na Alberto Lamego tava um verdadeiro luxo, lá isso tava...
 
Então, fato é que, como Campos inteira e uma banda de São João da Barra sabe, de lá pra cá muita coisa mudou e mudou muita coisa.
 
Mas, todavia e entretanto, eis que algumas chorosas mocinhas e outras figuras insalubres da rede aqui desta planície, acharam de desancar, de baixar o cacete no Campos Folia...
 
Como fizeram uns energúmenos, como um pseudo cronista carnavalesco de uma rádio (que Deus o tenham, o comentarista e a emissora), cujos nome não vou mencionar aqui em respeito aos mortos.
 
Gente que até hoje não aprendeu as lições da derrota pela vontade do povo... Será que querem de volta a bagunça de antes? Querem a desorganização e o abandono de antes, quando as autoridades sumiam de Campos para outros destinos como Búzios e Guarapari, deixando aqui seus sequazes?
 
A Rosinha tava lá os três dias, no meio do povo, não arredava pé enquanto não passava a última escola ou o último bloco.
 
A prefeita ali estava porque sabe que o carnaval é uma festa importante pro povo. Pode não ser para a minoria de uma elite decadente que até prega o fim dos desfiles.
 
Tava ali a prefeita porque confia na capacidade e na criatividade do povo para superar problemas pontuais e realizar uma festa a altura de nossas melhores tradições. Que nos ouçam lá de cima o Jorge Chinês, o Dagval Tavares de Brito, Ataíde Dias ou o Tomatão, entre outros. Por isso, por tudo isso mesmo, a prefeita investe no carnaval também porque ali estão suas raízes. Rosinha fez teatro, como Garotinho já foi compositor de escola de samba. É gente do povo.
 
Amigos, não dá mais a esta altura fazer ouvidos de mercador numa hora dessas e já passei da idade de amansar touro brabo.
 
Queres o quê mais, almas sebosas? Só faltava dizer que querem de volta o Xandinho Macabro, aquele prefeito cuja gravação de uma conversa telefônica flagrou o alcaide dizendo que naquele dia,"infelizmente, ainda tenho que dar uma passada na avenida pra ver aquela porcaria".
 
Anacreonte Coelho Velho

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